PRESENTATION OUTLINE
Uma das premissas das ciências sociais é a necessidade de uma DISTÂNCIA MÍNIMA que garanta ao pesquisador OBJETIVIDADE em seu trabalho.
O pesquisador deve ver com olhos IMPARCIAIS
Existe um envolvimento inevitável com o objeto de estudo - e isso não constitui um defeito
Insiste-se na ideia de que para conhecer certas dimensões da sociedade é necessário uma vivência durante um tempo razoavelmente longo
Pôr-se no lugar do outro trata-se de um problema complexo, pois envolve as questões de distância social e distância psicológica.
TRANSFORMAR O EXOTICO EM FAMILIAR
O fato de dois indivíduos pertencerem à mesma sociedade não significa que estejam mais próximos do que se fossem de sociedades diferentes
A tradição marxista tende a sublinhar a importância de experiências e interesses sociológicos comuns em detrimento de noções de identidade e cultura nacional
O que sempre vemos e encontramos pode ser familiar, mas não é necessariamente conhecido; o que não vemos e encontramos pode ser exótico mas, até certo ponto, conhecido.
Sempre estamos pressupondo familiaridades e exotismos como fonte de conhecimento e desconhecimento
Na sociedade complexa, as categorias sociais são hierarquizadas; cada categoria social tem o seu lugar através de ESTERIÓTIPOS
Dispomos de um mapa que nos familiariza com os cenários do nosso cotidiano; isso não significa que conhecemos a visão de mundo dos diferentes atores em uma situação social
Sendo o pesquisador um membro da sociedade, coloca-se a questão de seu lugar e de suas possibilidades de relativizá-lo e poder pôr-se no lugar do outro
O trabalho de investigação e reflexão sobre a sociedade e a cultura possibilita uma dimensão nova da investigação científica - o questionamento e exame de seu próprio ambiente
O processo de descoberta e análise do que é familiar pode envolver dificuldades diferentes em relação à análise do exótico
O processo de conhecimento da vida social sempre implica um grau de subjetividade; portanto, tem caráter aproximativo e não definitivo
O movimento de relativizar as noções de distância e objetividade permite-nos estudar o familiar sem paranóias sobre a impossibilidade de resultados imparciais
Ao estudar o que está próximo, a sua própria sociedade, o antropólogo se expõe a um confronto com outros especialistas, com leigos e até com representantes dos universos que foram investigados e que podem discordar das interpretações do investigador
O processo de estranhar o familiar torna-se possível quando somos capazes de confrontar intelectualmente e emocionalmente diferentes interpretações a respeito de fatos e situações
Coloca-se o problema de criticar noções estereotipadas que nos chegam através dos veículos de comunicação em massa e perceber como e quanto podemos conhecer sobre essas realidades distintas
O familiar é cada vez mais objeto relevante de investigação para uma antropologia preocupada em perceber a mudança social como resultado acumulado e progressivo de decisões e interações cotidianas
MUITO OBRIGADA!
- Amanda Vieira
- Bárbara Moreci
- Luíza Fernandes
- Milena Macuglia
- Mônica Vitart
- Natália Ferreira