“Brasília com rodas, rodas aos milhões”
Há meio século o que todos vêm buscar
nos traços lúcidos de Lúcio,
nas curvas de Oscar?
Brasília com rodas, rodas aos milhões,
rodas de amigos, rodas de bar?
Há meio século o que todos vêem
nas curvas de Lúcio, nos traços lúcidos de Oscar?
O mundo gira, o Brasil roda,
cai cá, no centro.
Nos traços faceiros de Lúcio,
nas curvas fascinantes de Oscar.
Há meio século o que todos vêm buscar?
Os frutos nas ruas, as cigarras nas quadras,
o “concreto”, uma chance, uma luz, espaço, bom ar?
Nos fascinantes traços de Lúcio,
nas curvas faceiras de Oscar.
Há meio século o que todos vêm buscar?
O poder, poder dizer, poder falar?
Para reclamar os traços de Lúcio e
as curvas de Oscar.
O que todos vêm buscar?
Estudar os traços e curvas de Lúcio?
Estudar nos traços e curvas de Oscar?
A fé, Ana Lídia, a lagoa do sapo, ou lobo-guará?
O céu, lindo céu, limpo véu?
A coruja sobre o “pardal”, a água doce?
Os Cruzeiros, a torre, o Lago Paranoá?
Vieram para morrer, para mandar, vieram para morar,
para lucrar, vieram para sonhar,
nos traços de Lúcio, nas curvas de Oscar.